Meu de novo

Como caíram as correntes?
E como cessou o choro, noite
e o ranger de dentes?
Foi num outro laço?
Entre partes de espaço
E dor,
ou ilusão desfeita
aos pedaços no acordar

Como é possível que o nó da garganta
Agora ri e canta,
dizendo os mesmos versos,
que atravessaram machucando
Estaria eu outra vez
Me apaixonando?
Ou está tudo ao reverso

E é a vida que encanta
Pra que possa continuar andando
Pra que possa fazer canto
Onde esteja calmo e organizado
Como poesia num abraço

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